17/06/2020 às 12h21min - Atualizada em 17/06/2020 às 12h14min

QUESTÃO DE OPINIÃO - 17 jun 2020

Publicada simultaneamente no Opinião Jornal de Araras e no site O Independente

Fredo Júnior

Fredo Júnior

Aprendiz da vida, editor do site de notícias O Independente, com expertise em Jornalismo, Gestão Pública, EAD e Mediação de Conflitos.

Fredo Júnior
COVID EM ARARAS
A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde divulgou na noite de segunda-feira (15) os números atualizados da doença em Araras. De domingo (14) para terça-feira (16), foram confirmados mais 40 casos, chegando a 223 confirmações, e a quarta morte pela doença na cidade. O índice de distanciamento social medido pelo Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP) aumentou de 43% no sábado (13) para 48% no domingo, voltou a despencar e chegou 41% na segunda-feira. A sensação é de que a população está agindo como se tudo estivesse normal. Não está e deve piorar. O fato é que o município não está cumprindo o Plano São Paulo.
 
E AGORA, JOSÉ?
No dia 30 de maio este jornalista publicou um boletim – como o site O Independente faz todos os dias nas redes sociais – sobre os números da covid-19 em Araras. No título do comunicado utilizamos a palavra “Preocupante”, dado o aumento de casos. Um conhecido, médico na cidade, respondeu questionando onde estava o “preocupante”. Àquela altura haviam sido registrados “apenas” 123 casos, além da confirmação de 3 mortes. Dezessete dias depois, os infectados quase que dobraram e a 4ª morte pela doença foi confirmada. A situação tornou-se ainda mais grave. Seria apropriado perguntar ao amigo médico se ele mudou a sua opinião.
 
MUDANÇA
Havia a previsão de que um decreto fosse publicado na terça-feira (16), determinando que a partir da próxima segunda-feira, (22), o horário de funcionamento dos comércios de segmentos não essenciais comercial seria alterado das 10h às 14h para 13h às 17h, de segunda a sexta-feira. O horário aos sábados continua das 9h às 13h. A medida está prevista no Plano São Paulo, do Governo Estadual, que permite o funcionamento do segmento não essencial (comércio varejista, escritórios, prestadores de serviço e concessionárias de veículos) somente por apenas quatro horas consecutivas nas cidades integrantes da Fase 2 (Laranja), da qual Araras faz parte. Os demais segmentos continuam com suas atividades normais. A alteração para o período da tarde, em tese, iria de encontro ao pedido de alguns comerciantes em razão do fluxo de clientes. Outro aspecto levado em conta seria uma melhor logística na fiscalização dos estabelecimentos no período da manhã.
 
FLASH
A Prefeitura de Araras classificou como “uma polêmica desnecessária que surgiu nas redes sociais nos últimos dias” por conta da árvore Ficus, localizada na Avenida Padre Alarico Zacharias. O burburinho era para que a árvore não fosse cortada. Há três anos aconteceu algo parecido envolvendo a “falsa” seringueira, que existia ao lado do Lago Municipal. No caso de agora, a Prefeitura argumentou que “em nenhum momento que ela seria retirada”. Entretanto, Bastou a repercussão nas redes sociais para que o vereador José Roberto Apolari (PP), notadamente afeito ao sensacionalismo, pudesse entrar em ação. Midiático, explorou o assunto politicamente, acusando a prefeitura de cometer crime ambiental.
 
ACERTO
Contudo, o parlamentar foi preciso em sua crítica ao episódio na sessão de segunda-feira (15), depois da manifestação do Secretário Municipal de Planejamento, Gestão e Mobilidade, Paulo Bertolini, que garantiu que o Ficus ficará onde está, embora esta informação não tenha sido claramente dita anteriormente. “Eles mesmos (governo) desmentem o que falam [...] As pessoas batem cabeça”, comentou Apolari. Na semana passada, ele já havia pontuado sobre a obrigação do Procon em Araras na fiscalização dos preços praticados pelos supermercados na cidade. A intervenção de Apolari se deu em um aparte à fala do colega Marcelo de Oliveira (Republicanos), após a exibição de um vídeo de apoio do deputado federal Celso Russomano, de seu partido, ao seu trabalho de fiscalizar os estabelecimentos.
 
KIT
Um episódio chamou a atenção quase no final da sessão da última segunda-feira. O Presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Alberto Jacovetti (REDE) fez um comentário sobre uma demanda apresentada pelas mães dos alunos acerca do atraso no fornecimento dos kits de alimentação. Segundo ele, o secretário de Educação, Bruno Roza, lhe relatou que este atraso se devia ao chamamento da quarta empresa do processo licitatório, em razão das três primeiras declinarem da entrega pelos valores oferecidos na concorrência. O vereador Pedro Eliseu Sobrinho (PP) aparteou e corrigiu a informação recebida por Jacó.
 
MAL ENTENDIDO
Integrante da Comissão Especial criada recentemente para fiscalizar as licitações realizadas durante a pandemia, Eliseu relatou que, de acordo com documentos recebidos pelo grupo, as três primeiras empresas desistiram por não terem apresentado os documentos necessários. A quarta, por sua vez, teria sido “instada a desistir da licitação sob o argumento de que ele levaria de 90 dias a seis meses para receber o dinheiro do fornecimento”. Desta forma, a quinta colocada, que anteriormente havia fornecido os mesmos kits sem licitação, venceu o certame. Jacovetti considerou ter entendido mal a informação prestada por Roza e disse que solicitaria uma melhor explicação do secretário. Este jornalista entrou em contato por WhatsApp com o mesmo na tarde de terça-feira (16) para ouvir a sua versão dos fatos. Todavia, até o fechamento da coluna, por volta da 17h30, não obteve retorno.
 
EXTRAORDINÁRIA
Na próxima quinta-feira (18), às 10h, será realizada uma sessão extraordinária para a apreciação de três projetos do Executivo. O primeiro, (Projeto de Lei 05/202) institui o programa de preceptoria e supervisão em atividades de estágio, internato e residência exercidas por alunos de instituições de ensino superior privadas. Já o PL 06/2020 pretende autorizar um empréstimo junto ao Banco do Brasil para a aquisição de máquinas e equipamentos. O terceiro e último projeto (PL 14/2020) trata da locação de imóvel urbano e a sua cessão ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Os processos ainda necessitam de pareceres da Comissão de Finanças e Comissão de Obras.
 
CANA
Sara Winter, a ativista e uma das líderes do grupo 300 do Brasil foi presa na segunda-feira (15) pela Polícia Federal. Outros cinco mandados de prisão sendo cumpridos, mas a PF não informou a identidade dos alvos, também ligados ao movimento e até agora foragidos. A moça é alvo do inquérito das fake news, que está no Supremo Tribunal Federal (STF) e apura ameaças, ofensas e informações falsas contra os ministros da suprema Corte. Contudo, as prisões foram decretadas pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) em outro inquérito que apura manifestações de rua antidemocráticas. De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), há indícios de que o grupo continue organizando ações que se enquadram na Lei de Segurança Nacional.
 
FAKE NEWS
Um projeto de lei (PL) 632/2020, apresentado pelo senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) prevê como crime de responsabilidade e ato de improbidade a divulgação de informação falsa, difamatória ou sem fundamento, quando o autor se tratar de autoridade pública. Kajuru justifica a proposta afirmando que as fake news “têm sido, cada vez mais, um problema para a democracia contemporânea”. Para ele, as notícias falsas agravam os “espetáculos de autoridades públicas” que desviam a atenção de temas relevantes para o interesse público, como os desastres ambientais e as tragédias urbanas. O texto está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
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