Arquivo pessoal. Chegou dezembro e com ele o Natal.
Uma data colorida e de luz, fácil de encontrar sentimentos que perpassam pela esperança, alegria, fé, além de uma pré-disposição em recomeçar.
Este mês carrega consigo uma ambiguidade, um significado oculto e místico; para muitos o mês da introspecção, do olhar para dentro, para outros o mês de olhar para cima, para o céu para o inalcançável, o intangível.
Todavia podemos acrescentar que dezembro também é um mês para olharmos com afeto ao nosso irmão.
A cultura natalina é falar do nascimento de Jesus, que é chamado de Deus, santo, mestre ou simplesmente o moço de Nazaré.
Ocorre que ele mesmo refutou o título de rei e assumiu a missão de servo.
O sentido do Natal pela ótica do aniversariante é a de um tempo de renúncia e de realidade. Tempo de não deixarmos que os conceitos, preconceitos ou rótulos sejam e estejam afixados em nós.
Natal é tempo de libertação e liberdade, tempo de dizer a verdade.
Natal é mais presença que presentes, é tempo da visita, de contato, de conhecer e ser conhecido, de aconchego e encontro.
Chegou o Natal e com ele o desafio de fugir das rimas imaginárias, dos dogmas e das fábulas.
É o tempo de ser real, ser gente, ser presente e ser guiado pela Estrela de Belém.
Que a mesma estrela que revelou o menino Jesus aos reis e ao mundo, nos permita encontrá-lo dentro de nós.