Aprendiz da vida, editor do site de notícias O Independente, com expertise em Jornalismo, Gestão Pública, EAD e Mediação de Conflitos.
Fredo Júnior
REAJUSTE Por 8 votos favoráveis e 1 contrário, a Câmara de Vereadores de Araras, em sessão extraordinária na tarde de sexta-feira (3), aprovou o veto do prefeito Júnior Franco (DEM) à emenda proposta pelo presidente da Casa, Carlos Alberto Jacovetti (Rede), que condicionava o reajuste salarial de 4,5% dos servidores públicos municipais ao término do estado de calamidade pública no município, retroativo ao mês de março - data-base da categoria -, em razão da pandemia do coronavírus (covid-19).
METAMORFOSE Curiosamente, Felipe Beloto (PL), Dú Segurança (Podemos), Pedro Eliseu (DEM), José Roberto Apolari (PTB) e Anete Casagrande (PSDB), que haviam votado pela emenda, mudaram de opinião e apoiaram o veto do Executivo. Marcelo de Oliveira (Republicanos), Regina Corrochel (PTB) e Deise Olímpio (PSC) que haviam sido contrários à proposta foram favoráveis ao veto. Baiano da Farmácia (PSD) foi o único voto contrário. Jacovetti e Jackson de Jesus (PROS) não estiveram presentes à sessão.
COMDEMA 1 Na segunda-feira (6), por unanimidade, os vereadores aprovaram a lei que regulamenta o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Araras (Comdema). Não deixa de ser um alento e um sopro de esperança diante do histórico descaso dos governantes e gestores nesta área. O caráter das atribuições dos conselheiros será consultivo e deliberativo, o que é bastante significativo, visto que quanto mais democrática a atuação, maior deverá ser o controle social do mesmo na propositura, regulamentação e acompanhamento de políticas públicas no município, justamente para que seja evitado o aparelhamento governamental.
COMDEMA 2 Este conselho é de fundamental importância para a cidade por inúmeras razões. O descaso com o meio ambiente e o saneamento vem ocorrendo há muitos anos e perpassa vários governos. O desmonte irresponsável da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), ocasionado pela negligência da falta de manutenção e cujos resíduos são vergonhosamente despejados “in natura” no Rio Mogi; o lançamento do lodo químico da Estação de Tratamento de Água (ETA) no Ribeirão das Furnas, e o emblemático e até agora inexplicável embargo do aterro sanitário, cuja revelação foi publicada em primeira mão pelo site O Independente, nos meses de novembro e dezembro de 2019, são aguns dos problemas que o Comdema poderia ter contribuído com maior eficiência.
DINDIN A Câmara devolveu à Prefeitura o valor de R$ 300 mil. Esta foi a primeira devolução da sobra de recursos realizada neste ano de 2020. Claro, não se trata de algo novo. O valor era tradicionalmente devolvido ao Executivo no final de ano. De um tempo para cá, o repasse acontece a cada quatro meses. Isto acaba ajudando nas contas públicas, contribuindo para o fluxo de caixa da Administração.
O PAI DA CRIANÇA Há algumas semanas, o vereador Marcelo de Oliveira (Republicanos), em conversa com este colunista, informou que faria um pedido ao prefeito Júnior Franco (DEM) para que parte do dinheiro devolvido pelo Legislativo pudesse ser direcionado para o pagamento dos profissionais que estão na linha de frente no combate ao coronavírus. Na sessão camarária de segunda-feira (6), o também vereador Pedro Eliseu Sobrinho (DEM) disse que iria fazer a indicação ao prefeito de um pagamento de bônus aos trabalhadores da saúde. A inciativa de ambos é válida. Contudo, ser pai de filho feio ninguém quer, não é?
SEM RODEIOS No domingo (5), o prefeito Júnior Franco (DEM) e o secretário Municipal de Saúde, Itacil Zurita Filho fizeram uma “live” (transmissão de vídeo ao vivo) pelo Facebook para falar sobre as ações de combate ao coronavírus (covid-19). Como já opinado por este colunista, o governo tem acertado na condução deste problema, demonstrando responsabilidade com a vida das pessoas. Uma frase de Zurita merece ser destacada. “O isolamento social, além de ser a forma mais eficiente de prevenção, é importante para que tenhamos capacidade logística de atender os doentes.” Franqueza que tem sido recorrente na comunicação com a população. Mesmo assim, as pessoas ainda não compreeenderam a dimensão do problema.
JANELA 1 Encerrada a janela partidária no último sábado (4), e apesar de que apenas depois do dia 15 de abril é que saberemos oficialmente como ficou a configuração político-partidária na cidade, é possível fazer uma projeção. Na Câmara, o presidente Carlos Alberto Jacovetti permaneceu na Rede, assim como Marcelo de Oliveira no Republicanos, Regina Corrochel no PTB, Anete Casagrande no ninho tucano do PSDB e Felipe Beloto no PL.
JANELA 2 Pedro Eliseu, José Roberto Apolari, Dú Segurança e Baiano da Farmácia teriam migrado para o PP, presidido por Douglas Marcucci, ou aos partidos Pros (recentemente tomado de Jackson de Jesus) e Solidariedade, ambos ligados ao grupo de Pedrinho Eliseu. Jackson parece ter sido acolhido no PSD do ex-prefeito Brambilla e Irineu Maretto. E Deise Olímpio desembarcou no governista DEM.
TRIBOS 1 Além de Deise, o Governo Franco já contava em sua base com Marcelo de Oliveira. Regina é notadamente ligada ao filho e pré-candidato a prefeito, Mário Corrochel Neto. Jackson voltou ao grupo de Brambilla. Felipe Beloto, nascido politicamente no berço do médico, até bem pouco tempo apoiava a Administração, tendo inclusive indicado o atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Leonardo Dias, rumou agora para o grupo de Pedrinho. Caminho idêntico seguiu Baiano, mesmo tendo exercido o cargo de secretário de Saúde com Franco. Jacovetti, Pedro Eliseu, José Roberto Apolari, Dú Segurança e Anete Casagrande já faziam parte do clã de Pedrinho.
TRIBOS 2 Em tese, os grupos políticos em Araras deverão ficar assim constituídos: DEM, MDB, Podemos, Republicanos e PSL (Júnior Franco); PSB, PDT e PCdoB (Fredo Júnior e Júnior Fabri); PSDB, Rede, PL, PP, Solidariedade, Pros, Avante, PSC e PV (Pedrinho Eliseu); PTB (Bonezinho); PRTB (Hélder Bovo); PSD (Brambilla); PT e Psol (Frente Popular de Esquerda). O fato que ainda é cedo para se cravar que a configuração deste cenário será mantida. Tudo irá depender do alinhamento nacional das siglas, e claro, do contexto local. Em outras palavras, cabe o dito popular de que “tem muita água pra passar debaixo dessa ponte”.
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