Aprendiz da vida, editor do site de notícias O Independente, com expertise em Jornalismo, Gestão Pública, EAD e Mediação de Conflitos.
Fredo Júnior
RETÓRICA Toda semana estamos aqui comentando sobre a gravidade da pandemia de coronavírus (covid-19) em Araras. Este jornalista foi e tem sido criticado por falar sobre o assunto. Inclusive por profissionais da saúde. Pois bem, até o fechamento da coluna, na terça-feira (7), Araras contabilizava 21 mortes e 653 casos confirmados da doença. Em oito dias tivemos mais 8 mortes e 157 infectados. Não é possível que as pessoas estejam tão alheias e ajam irresponsavelmente diante de um inimigo sem rosto. O que cabe a nós, cidadãos é seguirmos os protocolos de segurança. Por nós e pelas outras pessoas. É preciso que tenhamos empatia e respeito.
MEDIDAS A Prefeitura de Araras publicou na segunda-feira (6) o Decreto Municipal nº 6.716, alterando o horário de funcionamento do ramo de alimentação do comércio considerado essencial. Segundo a Administração, a mudança se deu em razão da semana de pagamento de salários pelas empresas e também da Prefeitura para evitar aglomerações. O volume de pessoas nos supermercados na cidade nos últimos dias foi muito acima da média. O decreto também prorrogou a quarentena até o dia 14 de julho. Os estabelecimentos que estavam funcionando durante a semana das 7h às 19h, poderão prestar atendimento das 6h até às 20h, de segunda a sábado e fechados no domingo. Os postos de combustíveis estarão abertos nos mesmos dias até às 19 horas.
PELA INTERNET A informação sobre o novo decreto foi divulgada na manhã de segunda-feira (6), em uma live do prefeito Junior Franco (DEM). A sessão teve um nítido tom de desabafo, do próprio gestor e mais incisivamente do secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Felipe Castro, que deixaram evidente o seu descontentamento com os críticos da atual gestão. No fim de semana, o prefeito publicou um texto em seu perfil pessoal comentando o assunto”. “É muito fácil criticar quando há apenas interesses exclusivamente políticos na jogada”, escreveu Franco.
PAU QUE DÁ EM CHICO Na live, o “ministro” - termo que este jornalista sempre utilizou para se referir ao secretário Felipe Castro, fez menção ao mesmo termo do chefe – política barata - e desqualificou os críticos da Administração. “Não é por meio de rede social que se contribui”, rechaçando as reclamações dos cidadãos através delas. O “ministro”, advogado que é, deve ter se esquecido de que o mesmo pau também deve bater em Francisco. Ao invés de vociferar contra as pessoas que opinam sobre o governo, Castro deveria empenhar-se em coibir o destempero apaixonado de seus colegas comissionados nas mesmas redes sociais.
A TENDA Jackson de Jesus (PSD) tem protagonizado momentos bem interessantes no Legislativo ararense. Na sessão camarária de segunda-feira (6), ao abordar a questão da covid-19, o vereador disparou contra o prefeito a quem chamou de covarde. Jesus criticou a postura de Franco em atirar contra os seus críticos, e colocou em sua conta a mesma prática de “política barata” ao atribuir o programa de distribuição de máscaras e álcool em gel a uma indicação dos vereadores da base, Marcelo e Deise. O parlamentar lembrou que ele foi um dos primeiros a requerer tal medida, inclusive quando da ida do secretário de Saúde, Itacil Zurita Filho.
GESTÃO Ex-aliado do Governo Franco, o vereador Felipe Beloto (PL) mudou o tom em relação à Administração. E em parte os seus questionamentos são pertinentes. Assim como o seu colega Jackson, o edil também havia feito apontamentos no intuito de colaborar no combate à doença. Ainda na segunda-feira, em sua fala, Beloto afirmou ser necessária a adoção um plano de ação conciso para combater o vírus e encerrou com uma frase de efeito: “quem quer fazer arruma um jeito, quem não quer arruma uma desculpa”, finalizou.
MOSQUETEIRO O vereador Eduardo Elias - Dú Segurança (PP) é um dos parlamentares mais atuantes da Câmara. Eleito em 2012 e reeleito em 2016, a sua principal característica é a humildade. Frequentemente faz apontamentos importantes para as comunidades dos bairros da cidade e nem sempre tem a atenção devida. Na última sessão, o vereador comentou e com razão a falta de manutenção dos playgrounds nas praças e áreas públicas e cobrou do prefeito condições para que o secretário possa trabalhar. Sobre a pandemia, Dú afirmou que não é hora de atacar, e que é preciso reconhecer quando se comete um erro e corrigi-lo, com direito à famosa frase do clássico de Alexandre Dumas: “Um por todos e todos por um”.
VETADO Na sessão camarária de segunda-feira (6), os vereadores - por unanimidade - derrubaram o veto parcial do prefeito Júnior Franco (DEM) ao Projeto de Lei da Vereadora Regina Corrochel (PTB) que propõe a realização de sessões de cinema adaptadas para as pessoas autista e suas famílias. Do ponto de vista da inclusão, uma iniciativa louvável. A justificativa apresentada pelo Executivo foi a de que os parlamentares não poderiam legislar sobre o tema, nem estipular essa obrigação ao prefeito.
OI? O veto foi alvo de duras críticas e curiosamente derrubado com votação unânime, com o apoio dos vereadores governistas Deise Olímpio (DEM) e Marcelo de Oliveira (Republicanos). O líder do governo na Câmara chegou a fazer um comentário que causou estranheza no plenário. Segundo ele, o prefeito Júnior Franco, subordinado ao Jurídico da Administração obedeceu a orientação da Procuradoria Geral do Município e cumpriu o seu papel institucional. Entretanto, o cidadão Júnior Franco teria pedido aos vereadores que derrubassem o seu próprio veto.
SIAMESES A Frente Popular de Esquerda, formada em Araras pelos partidos PT e PSOL definiu os seus pré-candidatos a prefeito e vice para as próximas eleições. O pré-candidato a prefeito indicado pelo PT será o professor Aloisio ‘Bibo’ Bozzini. Como vice-prefeita, a indicada pelo PSOL foi a psicóloga, escritora e militante social, Adriana ‘Dri’ Dezotti Fernandes. As siglas querem proporcionar uma alternativa de Esquerda à cidade. A presidente do PT, Roberta Barbinatto falou na construção de pontes para uma articulação coletiva. Curiosamente, nos últimos anos, o PSOL havia sido uma oposição programática ao PT, que para manter-se no poder escolheu uma articulação muito diferente da necessidade que o partido tem agora.
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