INTERNET
Em junho de 2015, o escritor e filósofo italiano Umberto Eco, falecido em 2016, afirmou que as redes sociais davam o direito à palavra a uma "legião de imbecis" que antes falava apenas "em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade". Ele tinha razão. Elas “abriram a porteira” para as mais variadas discussões, sobretudo as crenças político-partidárias. O que deveria ser um espaço de debate para crescimento pessoal e coletivo, tranformou-se num ringue. Até então havia um certo “pudor” nas pessoas em guardarem para si o que realmente pensavam.” Ódio e intolerância são alguns ingredientes que até pouco tempo permaneciam trancados a sete chaves. Agora não mais.
BASTA
No domingo (17), a repórter Clarissa Oliveira, da BandNews TV foi agredida, quando fazia a cobertura de uma manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Uma simpatizante que se referia aos jornalistas que cobriam o evento como "lixo", a agrediu com o mastro de uma bandeira. Tem sido recorrente o ataque dos membros da seita ao jornalismo. Por meio de uma nota, a direção de jornalismo do grupo Bandeirantes afirmou que "A agressão à nossa repórter, Clarissa Oliveira, durante manifestação em frente ao Palácio do Planalto, ofende a liberdade de imprensa e a todos os jornalistas". Em seu Twitter, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, escreveu: "É absolutamente inadmissível que uma repórter, exercendo sua profissão, seja covardemente agredida por manifestante radical, que jamais saberá o real significado do direito de livre manifestação e da imprensa livre, um dos sustentáculos da Democracia".
VAIDADE
Governos vem e vão. Não são e jamais serão eternos. O “poder” é e sempre será cíclico. E a sua alternância é importantíssima para a consolidação do processo democrático. Mesmo que a fragilidade da nossa jovem democracia nos coloque em situações como a que estamos vivenciando no país. Todavia, este mesmo “poder” tem a capacidade de revelar o que as pessoas carregam dentro de si. Isto nos remete a uma frase atribuída ao ex-presidente americano Abraham Lincoln. “Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.” Em O Advogado do Diabo, John Milton, o capiroto interpretado brilhantemente por Al Pacino encerra o filme com uma cérebre e absolutamente verdadeira frase que serve para a vida: “Vaidade... definitivamente, o meu pecado favorito!”
TRETA 1
Que os servidores públicos, principalmente os comissionados de qualquer governo defendem com unhas e dentes o seu grupo político, e claro, o seu emprego, não é novidade. É natural que exista lealdade ao governo que atuam. O contrário seria bem preocupante. O problema é quando esta defesa ultrapassa os limites da investidura do cargo ocupado. Nesta semana, a postagem de uma notícia desfavorável à Prefeitura, versando sobre licitações e publicada por um blog causou as mais diversas reações no Facebook. Dentre elas, a do atual secretário municipal de Habitação de Araras, Eduardo Severino, filho do ex-prefeito Mílton Severino.
TRETA 2
Em um de seus comentários, o ex-vereador (1993-1996) respondeu acidamente ao autor do post que havia criticado a sua condução à frente da pasta e a eficiência da mesma.
“Quem é você? O que você representa? Nada. Se você quer seu minutinho de fama já conseguiu. Agora recolha-se à sua insignificância.” A coluna entende que, apesar das circusntâncias e do calor da discussão, a atitude de Severino foi inadequada. Até porque qualquer cidadão tem o direito de se expressar. E ainda mais por estar ocupando um cargo público e ser um dos representantes do Governo Franco. Procurado por telefone e WhatsApp pela coluna no início da tarde ontem (19) para comentar o assunto, até o fechamento da coluna, às 17h36, o secretário não havia retornado ao contato.
AJUSTES
A Secretaria Municipal de Educação de Araras continua no foco das atenções. Depois da polêmica tentativa de dispensar uma licitação para a contratação de uma plataforma de Educação a Distância (EaD), cujo valor estimado era de R$ 5 milhões, alguma coisa anda acontecendo por lá. A coluna apurou que outros processos licitatórios foram abertos, suspensos, republicados e suspensos novamente. Não que se trate de algo novo. São atos comuns, é bem verdade. O que causa estranheza é o fato de que, em nenhum deles foram apresentadas as justificativas para as tais suspensões, como é o procedimento em outras cidades. Seria razoável que esta informação pudesse ser conhecida.
A TODO VAPOR
Falando em licitações e compras, a Comissão Temporária de Assuntos Relevantes criada na sessão camarária do dia 27 de abril para fiscalizar as receitas, despesas, licitações e contratações feitas pela Prefeitura, durante o período de calamidade pública instalado no município em razão da pandemia do coronavírus (covid-19) tem realizado um trabalho bastante interessante, conforme apurado pela coluna. Embora a fiscalização dos atos do Executivo seja uma das atribuições do cargo de vereador, senão a principal função, a ação do grupo composto por cinco parlamentares já estaria surtindo efeito e os resultados “aparecendo”. O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 180 dias, podendo ser prorrogado.
PANDEMIA
Araras confirmou ainda da terça-feira (19) o 3°óbito por coronavírus (covid-19). A cidade registrava, até o fechamento da coluna, 66 casos positivos da doença. Na segunda-feira (18), o secretário municipal da Saúde, Itacil Zurita Filho esteve na Câmara de Vereadores onde discorreu por quase três horas sobre as ações e gastos com a pandemia na cidade. O pior é constatar no dia a dia, que uma boa parte dos ararenses ainda não compreendeu a gravidade do momento e desconsidera as medidas básicas de proteção.
ERRATA
Na semana passada, a coluna publicou a nota CENÁRIO 2, onde apresentou a composição do quadro atual no que se refere às eleições para prefeito e vereadores em Araras. Citamos que o pré-candidato a prefeito pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Hélder Bovo, que aposta na figura do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e contaria com o apoio do Partido da Mulher Brasileira (PMB), cuja presidente é Rosa Maria Cerri. O peerretebista também teria firmado aliança com o Partido Trabalhista Cristão (PTC), sigla foi criada em 1985, com o nome de Partido da Juventude (PJ) e participante das eleições de 1985, 1986 e 1988. No início de 1989, foi renomeado como Partido da Reconstrução Nacional (PRN) e elegeu Fernando Collor de Mello como presidente do Brasil.
BARCO FURADO
Enquanto isso, no “zapzap” do Planalto:
- Mandetta saiu do grupo.
- Moro saiu do grupo.
- Teich saiu do grupo.
- Paulo Guedes está digitando...