07/08/2022 às 21h56min - Atualizada em 07/08/2022 às 21h56min
Governo Bolsonaro atrasa salários dos 44 mil servidores do IBGE que realizam o Censo 2022
Pagamento de parcelas do auxílio para cada dia de treinamento ocorrido no mês de junho ainda não foi pago
Hora do Povo
Hora do Povo O corte feito pelo governo no orçamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já mostra seus efeitos no Censo 2022, iniciado pelo instituto após dois anos de atraso. Esta semana, o próprio IBGE divulgou o atraso no pagamento de 44 mil recenseadores.
O atraso refere-se ao pagamento de parcelas do auxílio de R$ 40 para cada dia de treinamento, que ocorreram de 18 a 22 de junho, das 8h às 17h.
Segundo o IBGE, “o grande volume de dados pessoais dos recenseadores cadastrados no sistema” foi o responsável pelo atraso. Em nota em que pede desculpas pelo transtorno, o órgão afirma ainda que os pagamentos devem ser acertados na próxima semana, garantindo que não haverá novos atrasos por esse motivo. Por fim, afirma que “o orçamento para a realização do Censo 2022 está garantido”.
O Censo deveria ter ocorrido em 2020, dez anos após a pesquisa anterior, mas foi suspenso por causa da pandemia de Covid-19. Em 2021, o IBGE disse que estava preparado para realizar a coleta de dados respeitando as medidas sanitárias ainda necessárias à época, mas, por falta de verba, foi adiado mais uma vez.
Depois de muita luta dos servidores do órgão, cientes da importância dos dados sociais e econômicos revelados pelo Censo para a implementação de políticas públicas no país, mesmo com o corte orçamentário de mais de 1 bilhão de Reais, na segunda-feira (1) o
IBGE começou a coleta de dados, com a pretensão de visitar cerca de 75 milhões de domicílios de todo o País até outubro.
São mais de 200 mil funcionários contratados temporariamente, entre recenseadores, agentes censitários e coordenadores.