27/07/2020 às 20h33min - Atualizada em 27/07/2020 às 20h33min
FRAUDE: CRUZAMENTO DE DADOS IDENTIFICA PAGAMENTO DE AUXÍLIO EMERGENCIAL INDEVIDO A 299 MIL SERVIDORES PÚBLICOS
Em Araras, 68 efetivos e comissionados figuram como beneficiários; denúncia foi abordada na coluna Questão de Opinião no site O Independente no sábado (25)
- Da redação
Agência Brasil O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, informou que o órgão fez um cruzamento de dados e bloqueou o pagamento do auxílio emergencial a 299 mil servidores públicos estaduais e municipais que solicitaram o benefício irregularmente.
Os casos citados pelo ministro representam 0,45% do total de 65,2 milhões de pessoas que já receberam o auxílio desde abril. O benefício de R$ 600 é destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados durante a pandemia da covid-19, e não pode ser pago a agentes públicos.
O pente-fino da CGU e da Polícia Federal alcançou 44 cidades do interior do estado de São Paulo e chegou até Araras. Na semana passada, O Independente havia feito um levantamento no Portal da Transparência do Governo Federal e identificou que alguns servidores públicos efetivos e comissionados da Prefeitura de Araras estão na lista de beneficiários.
A denúncia foi objeto de duas notas na coluna Questão de Opinião no site O Independente no sábado (25).
De acordo com a PF, caso os valores do auxílio ainda não tiverem sido devolvidos, os beneficiários serão intimados a prestar esclarecimentos e poderão responder pelo crime de estelionato qualificado.
A Prefeitura de Araras tomou conhecimento do assunto na semana passada, através de uma nota conjunta da Controladoria Geral da União e do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Por meio de uma nota oficial, a Administração informou que “o prefeito Junior Franco deixou claro que o caso precisa ser apurado de imediato e já despachou o documento para a Secretaria Municipal de Administração para averiguação e eventual punição após processo investigatório pela Corregedoria Municipal”.