04/09/2019 às 19h58min - Atualizada em 04/09/2019 às 19h58min
ESGOTO NO RIO MOGI: CETESB COLHE MATERIAL E LAUDO VAI DETERMINAR A MORTE DE PEIXES.
Órgão esteve em Araras nesta quarta-feira (4). Polícia Ambiental realizou vistoria no local e Prefeitura emitiu nota oficial sobre o assunto
- Da redação
O Independente Um dia depois do alvoroço causado pela notícia do aparecimento de peixes mortos no bairro da Cascata em Araras, na manhã desta quarta-feira (4), a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (CETESB) esteve na cidade.
Os técnicos coletaram amostras de água e peixes do leito do Rio Mogi Guaçu para serem analisadas. Um laudo vai determinar a causa da mortandade registrada na terça-feira (3), conforme
matéria publicada em primeira mão pelo site O Independente. De lá seguiram para a Estação de Tratamento de Esgoto, localizada na zona leste da cidade.
Entretanto, chamou a atenção o fato de não ter havido a coleta de material no Ribeirão das Araras (Arary), apontado como um “possível causador da mortandade”, perspectiva aventada em razão do conhecimento público de que a cidade é atualmente um dos maiores poluidores do rio, visto o não tratamento de seu esgosto.
A Prefeitura de Araras emitiu uma nota oficial sobre o caso, informando que “tão logo tomou conhecimento da mortandade de peixes no Rio Mogi Guaçu nos últimos dias, nas proximidades do bairro rural da Cascata, já acionou os órgãos competentes para investigar os motivos do ocorrido [...] Os técnicos da Secretaria de Meio Ambiente (SMA) elaboraram um relatório e em seguida acionaram a Polícia Militar Ambiental [...] O Saema (Serviço de Água e Esgoto do Município de Araras) informa que não registrou anormalidade nos últimos dias em termos de despejos irregulares na rede de esgoto e que as obras de construção da nova Estação de Tratamento de Esgoto seguem dentro do cronograma.”
O comunicado é finalizado afirmando que “a Prefeitura tem interesse em descobrir as causas dessa mortandade, mas seria precipitado dizer que o fato ocorreu em virtude do esgoto doméstico de Araras, até porque a cidade não trata seu esgoto desde 2015, quando a Estação de Tratamento deixou de operar por completo, fato esse já de conhecimento da Cetesb.”
A reportagem de O Independente conversou com o 1º Tenente Ivo Morais, comandante do pelotão da Polícia Militar Ambiental de Pirassununga. Ele confirmou que a guarnição foi acionada pela própria SMA. “Ao chegar no local da ocorrência, nós pudemos constatar a coloração da água escura e um odor fétido. Neste caso específico, a Polícia Ambiental procede ao registro do Termo de Vistoria Ambiental (TVA nº 8992). As ações administrativas como eventuais multas e pareceres competem à CETESB”, declarou Morais.
O Independente estará acompanhando o andamento deste caso. E nas próximas semanas irá publicar um material específico sobre as questões relacionadas ao saneamento e meio ambiente em Araras.