25/05/2019 às 17h05min - Atualizada em 25/05/2019 às 17h05min
SANTA CASA DE ARARAS NÃO CUMPRE ACORDO E SINDICATO PREPARA MOBILIZAÇÃO
Além dos valores das cestas básicas em atraso, as verbas rescisórias de funcionários demitidos não estariam sendo pagas e o FGTS não teria sido depositado regularmente
- Da redação
G1/Globo No início do mês de abril, O Independente publicou uma
matéria sobre os problemas na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Araras (ISCMA). A entidade, a mais importante do município sob o ponto de vista da saúde pública, vem atravessando uma grave crise financeira há muitos anos e não está conseguindo honrar os seus compromissos.
De acordo com informações recebidas pela reportagem, a troca dos vales para retirar as cestas pelos cartões com os créditos para comprá-las diretamente na rede credenciada foi realizada. Contudo, os valores das cestas básicas de fevereiro e março estão atrasados. Além disso, as verbas rescisórias de 68 trabalhadores não foram pagas e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários não teria sido depositado nos últimos três anos.
“Havíamos feito um acordo para que as cestas atrasadas fossem pagas junto com a do mês. A de fevereiro no último dia 20 e a de março em junho. Infelizmente isto não aconteceu”, declarou a diretora-presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sinsaúde), em Araras, Tereza Aparecida Mendes.
Sobre as demissões e o não pagamento das verbas rescisórias, a dirigente informou que “o sindicato tem buscado dialogar e tentado junto à Santa Casa resolver o problema, até porque se trata de um direito do trabalhador”. "Quanto ao FGTS, os depósitos foram realizados de forma intermitente, ou seja, recolhia e depositava durante um tempo e depois parava. O que sabemos é que a Santa Casa fez um acordo com a Caixa Federal para regularizar esta situação”, disse Tereza.
Diante de todo este imbróglio, o sindicato pretende mais uma vez mobilizar a categoria no próximo dia 31 de maio. “Sabemos que muitos não dão a cara para bater por medo de ser demitido, mas não é possível deixar as coisas como estão. Os trabalhadores precisam entender que é preciso lutar pelos seus direitos e pela sua dignidade”, comentou Mendes.
A reportagem entrou em contato com o provedor da Santa Casa, Eduardo de Moraes na quinta-feira (23) pela manhã para ouvir a versão da instituição sobre os fatos mencionados. Entretanto, até o fechamento e publicação desta matéria às 17h05 deste sábado (25) não obtivemos retorno.