A mobilização de diferentes setores tem sido um dos principais propulsores no combate à pandemia da COVID-19 no Brasil e no mundo. Empenhados em reduzir a disseminação do vírus e oferecer medidas de saúde aos que precisam, estão diversas organizações não governamentais, associações, entidades e até pequenos grupos de pessoas que adaptaram suas atividades para também contribuir neste movimento. A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) está neste contexto, levando serviços de saúde a populações em situação de vulnerabilidade social nas ruas, abrigos e centros públicos referenciados para o tratamento para a doença.
Apoiadora de iniciativas deste porte, a Mondial Eletrodomésticos se mobilizou e conseguiu implantar uma linha especial em sua fábrica na Bahia para produção de protetores faciais modelo face Shields e, desde o início de abril, vem produzindo e doando esses equipamentos. Cerca de 65 cidades, 14 Estados e mais de 120 instituições já foram beneficiadas, entre elas hospitais públicos e privados, secretarias de saúde, corpo de bombeiros e organizações não governamentais como o Médicos Sem Fronteiras, que recebeu protetores em todos os estados em que atua: Amazonas, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo. "Sabemos que o trabalho de Médicos Sem Fronteiras é realizado com responsabilidade e tem extrema importância, principalmente neste momento em que estamos vivendo. Contribuir com a segurança desses profissionais foi a maneira que encontramos de fazer a nossa parte neste processo", declara o CEO e sócio-fundador da Mondial, Giovanni Marins Cardoso.
MSF trabalha no combate à pandemia em mais de 70 países. No Brasil, a organização já atuava desde novembro de 2018, em Roraima, com cuidados de saúde para migrantes venezuelanos. Com a chegada do novo coronavírus, adaptou o projeto para o presente contexto. Em São Paulo, Manaus e Rio de Janeiro, as equipes realizam treinamentos com profissionais de saúde, triagem, atendimento médico e fornece informações sobre prevenção e contágio para pessoas em situação de rua, migrantes e refugiados, usuários de drogas, idosos e pessoas privadas de liberdade. Casos mais graves são encaminhados para hospitais referenciados para o tratamento de pessoas com a doença. Já as atividades de promoção de saúde entre essa população incluem orientações de higiene e distanciamento social. Por estarem diretamente em contato com os públicos que atendem, é imprescindível que esses profissionais estejam devidamente paramentados e minimizem riscos de uma possível contaminação.
"Atuamos há mais de um mês na linha de frente do combate à pandemia aqui no Brasil, levando cuidados de saúde para pessoas em situação de grande vulnerabilidade social, além de passar mensagens importantes de prevenção a um grande número de pessoas que não têm muito acesso a essas informações. Parte fundamental do trabalho que realizamos no combate à pandemia exige que estejamos devidamente equipados com os instrumentos de proteção individual adequados e de qualidade. Essas ferramentas não somente protegem nossos médicos e enfermeiros, mas também às pessoas que estão sob nossos cuidados", observa Marcela Allheimen, diretora da Unidade Médica Brasileira (BRAMU) de MSF.