03/01/2020 às 17h11min - Atualizada em 05/01/2020 às 00h03min

Morar e viver de forma inteligente: estilo de vida e experiências que se conectam

A correria da rotina e do trabalho podem deixar a vida muito acelerada. Uma vida com mais qualidade e propósito pode começar com um dia a dia mais simples. É possível conectar um estilo inteligente de morar e viver com experiências cotidianas. Por isso, é preciso usufruir do tempo com mais responsabilidade e tranquilidade.

DINO
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Sustentabilidade não é modismo. Para o empresário e consultor na UNOPS -- Escritório de Serviços de Projetos das Nações Unidas da (ONU), Júlio Souki, é preciso encará-la como necessária - em todos os âmbitos - para a sobrevivência nesse planeta."Não é apenas levantar uma bandeira, mas sim materializar o seu conceito na vida das pessoas, pensando em equilíbrio, qualidade e racionalidade no nosso dia a dia. Já pensou em fazer disso um propósito de vida?", questiona Júlio.

Segundo Julio, que também é engenheiro civil, vislumbrando a sustentabilidade do planeta, é interessante pensar em investir em espaços para morar e viver com propostas diferenciadas, que incluam, por exemplo, áreas de lazer e convivência compartilhados, coworking, horta orgânica comunitária, carros elétricos, autossuficiência em água potável, rede elétrica subterrânea, energia fotovoltaica nas áreas comuns, para uso e consumo dos moradores. "Viver e morar de forma inteligente significa pensar na praticidade e harmonia das soluções. Construir moradias sustentáveis, que reduzam impactos ao meio ambiente; pensar e se relacionar de forma colaborativa com as pessoas que estão próximas, criando conexão e desenvolvimento para a própria comunidade; aproveitar a tecnologia para otimizar o que for possível; usar recursos realmente necessários, sem desperdício, seja de espaço, materiais, dinheiro, tempo e bens naturais", destaca ele.

Por exemplo, um espaço onde fosse possível somar, a uma estrutura residencial, a valorização de empreendedores, produtos, artes e mão de obra local. E se, nesse mesmo espaço, fosse possível incentivar o consumo consciente e estimular a economia compartilhada que favoreça o desenvolvimento sustentável da comunidade e da economia local?

Ao pensar na edificação de casas em condomínios, por exemplo, é comum idealizar construções grandes e luxuosas. Mas vale mostrar que casas menores, com projetos arquitetônicos integrados e sob medida podem atender muito bem a tudo que uma família precisa, com conforto, eficiência e bom custo-benefício. Um empreendimento de alto nível, se conectado a um estilo de vida contemporâneo e prático, com pessoas que compartilhem desse propósito de vida, só favorece a humanidade. "Esse novo modo de viver já está sendo pensado", afirma Júlio Souki.

Construções que prezem pela infraestrutura de alto nível aliada à qualidade de vida. Habitações que contemplem a conexão com a natureza em um ambiente próximo à metrópole. Residenciais que ofereçam serviços, conveniências e espaços inteligentes com uso racional dos recursos. "Tudo isso já está sendo realizado", garante o engenheiro.

É possível combinar modernidade com hábitos de vida saudáveis? Investir em tecnologia e preservar a natureza? Consumir de forma responsável e consciente e incentivar a produção local? Desenvolver economicamente uma comunidade sob um céu onde ainda se vê estrelas, onde se respira, come, dorme e viver melhor? O ser humano está inclinado e orientado a viver de maneira sustentável, a criar e buscar espaços que contribuam para a criação de hábitos mais sustentáveis.

Para Júlio Souki, de acordo com toda sua experiência em sustentabilidade pela consultoria prestada a serviço da ONU, é possível sim. "Desafiador é encontrar lugares e conectar pessoas com essa visão. Que buscam a ressignificação do trabalho e da vida profissional, que valorizam a saúde e qualidade de vida, que estejam dispostas a uma nova forma de habitar o espaço, interessadas em viver e morar de forma inteligente, a construir um novo conceito, concretizar esse projeto de vida e mostrar os impactos disso para a sociedade", reforça ele.

"Esse estilo de vida verdadeiramente comunitário já é realidade. Já existem lugares que permitam vivê-lo. É preciso criar e buscar projetos imobiliários que conectem com esse propósito de vida. Que fazem bem para as pessoas, para a natureza e para o território. Onde prevaleça o desenvolvimento de uma economia local sustentável dinamizada pelas pessoas que produzem e vivam na região", finaliza Julio Souki.



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