Maioria das demissões acontecem por problemas comportamentais e não por incapacidade técnica. Pesquisa da Page Personnel mostrou que 9 em cada 10 dos desligamentos não são por deficiências técnicas. Almoços de negócios e posts nas redes sociais estão na mira dos gestores e devem ser levados a sério.
Além da capacidade técnica e curriculum do profissional, suas habilidades sociais são cada vez mais levadas em conta pelos gestores. Seja na hora de escolher um novo membro para a equipe ou decidir quem será cortado, todos os movimentos são levados em conta, seja no mundo on ou offline.
Quem pensa que as redes sociais são um território exclusivo para o entretenimento, em que memes, vídeos engraçados, piadas e discursos de ódio vivem livremente sem impactos na vida profissional, enganou-se. 90% dos recrutadores olham perfis em redes sociais dos candidatos e 69% rejeitam um possível contratado por conteúdos nas redes sociais, de acordo com uma pesquisa feita pela Reppler, empresa de monitoramento de mídias sociais.
“Faz total sentido a análise do perfil nas redes sociais, mesmo das que não tem como principal objetivo assuntos profissionais, como Facebook e Instagram. Isso porque nestes ambientes, conectada aos amigos, a pessoa se sente mais confortável. Então, tem menos chances de filtrar o que suas atitudes e reações. Sendo assim, fica mais fácil identificar quem tem tendências à comunicação violenta, crítica e propensão à adotar posturas desrespeitosas e preconceituosas”, analisa Luisa Medeiros, CEO da Comunica me agência de comunicação.
Ainda de acordo com a especialista, excessos de postagens com presença de bebidas e em baladas podem ser encarados pelos gestores como falta de priorização da vida profissional, ou como falta de seriedade. As empresas se preocupam como os seus funcionários se portam nas redes sociais, uma vez que o alcance online é ilimitado e em casos de gafes mais extremas, pode afetar a imagem corporativa.
Coquetéis e almoços de negócios, a extensão da sala de reunião
Uma pesquisa realizada pela Page Personnel, 9 em cada 10 demissões acontecem por problemas comportamentais dos funcionários. Com apelo mais descontraído, muitas empresas apostam em reuniões em restaurantes, na hora do almoço, ou na promoção de coquetéis pós-expediente para se reunir com seus potenciais clientes, ou mesmo com os executivos aspirantes à novas funções dentro da companhia.
A mudança do ambiente, fora dos muros da empresa, incluindo muitas vezes música, comida e bebida acaba propiciando gafes que podem custar uma carreira. “Em encontros profissionais, mesmo que o ambiente seja mais descontraído, como um restaurante, a pessoa precisa lembrar que o objetivo ali não é se divertir, mas fazer negócios e manter o limite do bom senso. Caso tenha dúvida se pode ou não pedir sobremesa ou café, observe o anfitrião e se guie por ele. Bebidas alcóolicas podem ser dispensadas com educação, caso prefira não consumi-las, e nunca se deve forçar ninguém a ingestão, o não deve ser respeitado sem necessidade de desculpas adicionais.” pontua Fabi Calvo, Master em etiqueta e boas maneiras e dona da Allure Eventos e Festas.
Já no caso de um brinde, mesmo não bebendo é educado pegar uma taça, fazer o movimento do brinde e levar aos lábios, sinaliza a especialista. A presença em eventos corporativos é semelhante a estar em uma rede social offline, é a chance de causar uma boa impressão que pode abrir portas.
Quando o assunto é gerar uma boa primeira impressão, toda atenção é necessária, já que leva apenas meio segundo para que se forme uma primeira impressão sobre o outro, de acordo com um estudo recente da Universidade de Glasgow, na Grã-Bretanha. “Atenção a postura corporal é um cuidado simples mas que pode fazer toda a diferença. Ombros caídos, olhar cabisbaixo e um aperto de mãos frouxo podem impedir que grandes negócios se concretizem por passarem falta de confiança ”, complementa Fabi Calvo.
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