25/09/2022 às 20h08min - Atualizada em 26/09/2022 às 00h00min

Relatório da EEIST aponta que governos devem investir e regulamentar para reduzir custos de energia

DINO


Os governos devem usar deliberadamente o investimento público e a regulamentação para ampliar rapidamente as tecnologias de energia limpa a fim de reduzir custos, atingir os objetivos climáticos globais e impulsionar as economias no mundo todo, de acordo com um novo relatório apresentado hoje por economistas internacionais e especialistas em política energética.

Ten Principles for Policymaking in the Energy Transition: Lessons from experience (Dez princípios para a formulação de políticas na transição energética: lições a partir da experiência) pede aos governos que reformulem urgentemente suas abordagens políticas para acelerar a inovação, a criação de empregos e a redução de custos na transição de combustíveis fósseis para energia limpa.

O relatório, baseado em uma análise integral das últimas três décadas da política energética mundial, mostra que, para replicar os sucessos mais notáveis da transição energética até agora, como a energia eólica offshore e a energia solar fotovoltaica, os governos devem ir além de apenas proporcionar “igualdade de condições”, deixando que as tecnologias compitam entre si. Na verdade, eles devem usar proativamente as três alavancas da política: investimento, impostos e regulamentação para acelerar a inovação e a redução de custos em tecnologias limpas. O relatório recomenda que os governos também deveriam enfocar nos “pontos de inflexão”, onde as tecnologias limpas obtêm vantagem sobre os combustíveis fósseis, levando a uma rápida realocação de investimentos.

Ao contrário de alguns dos conselhos dados aos governos nos últimos 30 anos, a política, o investimento e a regulamentação governamental podem reduzir os custos de energia em vez de aumentá-los, atrair investimentos privados em vez de eliminá-los e acelerar a inovação e o crescimento. Os êxitos da energia eólica onshore, da energia eólica offshore, da energia solar fotovoltaica e dos veículos elétricos foram impulsionados por governos que identificaram e apoiaram diretamente as tecnologias.

Laura Diaz Anadon, professora de Política de Mudanças Climáticas da Universidade de Cambridge, uma das autoras do documento, afirmou: “Os governos não podem simplesmente definir o objetivo e esperar que ele seja cumprido pelo mercado. Devem ser participantes ativos, investir e regulamentar para reduzir custos e fazer escolhas tecnológicas estratégicas para incentivar, reduzir o risco e focar o setor privado. Fazer isso de forma adaptativa pode proporcionar uma transição para energia limpa que é mais rápida, mais barata e mais sustentável para todo mundo”.

O investimento em setores de energia limpa, incluindo geração de energia, redes elétricas, transporte rodoviário, siderurgia e hidrogênio, poderia gerar 65 milhões de empregos e US$ 26 trilhões em benefícios até 2030.i O relatório mostra como as intervenções governamentais podem criar pontos de inflexão de tecnologia, que por sua vez desbloqueiam competitividade, investimento e descarbonização de menor custo – alcançando uma transição energética mais rápida e reduzindo os preços para os consumidores.

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Nota aos editores

Sobre o Projeto Economia da Inovação Energética e Transição do Sistema (EEIST)

Economia da Inovação Energética e Transição do Sistema (EEIST) é um projeto de três anos liderado por um consórcio de especialistas acadêmicos em economia da complexidade e pensamento sistêmico no Reino Unido, UE, Brasil, China e Índia. O projeto visa aplicar novas abordagens econômicas para apoiar a tomada de decisões sobre políticas de descarbonização nos países parceiros. A pesquisa da EEIST é independente e não representa os pontos de vista do governo do Reino Unido ou dos governos dos países parceiros e da UE.

i New Climate Economy https://newclimateeconomy.report/2018/wp-content/uploads/sites/6/2019/04/NCE_2018Report_Full_FINAL.pdf

O texto no idioma original deste anúncio é a versão oficial autorizada. As traduções são fornecidas apenas como uma facilidade e devem se referir ao texto no idioma original, que é a única versão do texto que tem efeito legal.


Contato:

Max Boon, Greenhouse Communications

EEIST@greenhouse.agency


Fonte: BUSINESS WIRE
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