O setor financeiro é considerado um instrumento na transformação para a economia mais sustentável. Impulsionada por uma demanda dos investidores, a pauta ESG ganha cada vez mais força entre as empresas deste mercado.
"A pauta ESG veio para ficar e está incentivando as empresas a se transformarem. Grandes companhias estão apoiando e investindo em startups com ações que geram impacto socioambiental, incorporando muitas iniciativas ao negócio. As instituições financeiras que investem ou financiam atividades que enfocam a agenda ESG ao longo prazo, provavelmente terão retornos mais altos e riscos mais baixos, com benefícios claros para os seus stakeholders e a sociedade em geral. É necessário saber valorizar os colaboradores e o planeta, e não mais apenas os acionistas", salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
As startups estão se qualificando para mostrar ao mercado o compromisso em promover soluções que corroborem com os 17 ODS, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além do reconhecimento, elas têm a oportunidade de se conectarem com mentores, empresas e possíveis investidores.
"Os objetivos da ONU vêm ao encontro de muitas ações já adotadas pela empresa junto aos seus clientes e parceiros. Sabemos que para realmente gerar impacto na sociedade não basta autodeclarar a intenção de promover ações na área. Por isso, apoiamos o selo iImpact, que abre oportunidades para startups que comprovam com evidências concretas a sua contribuição social", afirma Daniel Maranhão, CEO da Grant Thornton Brasil.
O primeiro passo para as startups obterem o selo iImpact é preencher um questionário no site oficial. Na etapa seguinte são coletadas as evidências de impacto, que serão julgadas por uma banca composta por executivos de grandes empresas e organizações, que atuam na América Latina e em outros países, além de docentes.
O ecossistema brasileiro de startups acaba de ganhar a primeira venture builder focada no mercado da sustentabilidade corporativa: a ESG Ventures. "Atuaremos com startups em diferentes fases de desenvolvimento: ideação, validação, crescimento e escala. Nosso objetivo, como sócios estratégicos, é colocar a mão na massa juntamente com os fundadores da startup, trabalhando para o fortalecimento do negócio e até chegarmos a uma rodada de investimentos série B. E é nesse momento que fazemos o nosso exit", afirma Gisele Ramos, CEO da venture builder.
"Na busca por um futuro melhor é necessário agir coletivamente. Neste ecossistema, cada um tem sua importância. Precisamos pensar não somente no que vai acontecer no futuro breve, mas principalmente no médio e longo prazo. O foco deve levar em conta a conservação do meio ambiente e a tomada de ações que proporcionem condições necessárias para a sobrevivência das próximas gerações. É necessário colaborar para fortalecer os elos que formam a agenda ESG, onde a empresa é apenas um deles, mas tão importante quanto os demais", conclui Vininha F. Carvalho.