24/03/2019 às 20h46min - Atualizada em 24/03/2019 às 20h46min
EVENTO VAI DEBATER A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
Roda de conversa e documentário fazem parte da programação; Brasil ocupa destaque negativo em feminicídio
- Da redação
Associação Reviver Você já ouviu falar em feminicídio?
Ele ocorre quando uma mulher é assinada por alguém próximo de seu relacionamento familiar e o principal motivo é a não aceitação do fim de uma relação. O Brasil é o 5º colocado em relação a violência feminina, e até o momento foram registrados no país quase 200 casos. Na próxima quinta-feira (28), a Associação Reviver Araras irá realizar uma roda de conversa sobre o tema. O evento vai acontecer a partir das 19h, no Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) em Araras, que fica na avenida Nestlé, 58, ao lado do Centro Cultural. O objetivo é debater a questão da violência e cobrar ações dos representantes legais para que a mulher seja respeitada em suas particularidades. A programação prevê a exibição do documentário “Silêncio das Inocentes” e em seguida a abertura dos debates. A entrada é gratuita e aberta a qualquer pessoa interessada.
"Baseado nas estatísticas vemos o crescente número de feminicidio acontecendo em nosso país e se faz necessário uma conscientização geral, tanto entre os homens quanto entre as mulheres, porque muitas mulheres nem se dão conta em certos relacionamentos, que estão sendo vítimas, porque existem vários tipos de abusos antes que o ato em si da violência aconteça", afirmou a estudante de Serviço Social e uma das coordenadoras do grupo, Sandra Gonçalves.
Para a pedagoga e presidente da Associação Reviver, Márcia Longo, "é preciso um trabalho de conscientização nas escolas em todos os níveis sobre a questão da violência e a capacitação de todos os atores que atuam em situações de violência doméstica, tais como guarda civil metropolitana, polícia militar, postos de saúde (PSFs), pronto-socorro e UPA, para acolher a vítima de violência e a sua família. Mas para isso é necessária a criação e estruturação de um espaço eespecífico." A pedagoga defende ainda o fortalecimento da punição nos casos de violência para coibir os abusos.