A pandemia da Covid-19 pegou de surpresa diversos setores da economia, em especial o segmento imobiliário, que tinha perspectiva de viver uma retomada vertiginosa em 2020. Mas ainda é cedo para o mercado perder o otimismo. Ao contrário, é oportuno para rever práticas e encontrar respostas rápidas para construir, tijolo por tijolo, um ambiente propício à geração de novos negócios. Os desafios que se avizinham são muitos. As formas de apresentação dos produtos estão em transformação, exigindo novos recursos tecnológicos. Ademais, a economia é um dos fatores que mais influencia o mercado imobiliário e é preciso ficar ligado na situação para se programar melhor para os meses que virão.Segundo dados da Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos para a compra e a construção de imóveis somaram R$ 7,13 bilhões em maio de 2020, crescimento de 6,5% na comparação com o mês anterior e de 8,2% frente a maio de 2019.
Neste contexto, o administrador Eduardo Luíz, sócio da plataforma Alug+ e CEO da EPAR Business Expert, alerta sobre a importância de soluções que facilitam a vida de proprietários e inquilinos como o uso de tecnologia e inteligência artificial que valida e realiza transações de modo seguro. Eduardo ainda pontua as principais mudanças do segmento: "Antes da pandemia, a maioria das pessoas buscava praticidade, funcionalidade e baixo custo de manutenção, o que significava imóveis residenciais mais compactos e que possibilitassem mais tempo livre aos proprietários".
Já em relação aos imóveis comerciais, a procura maior era por aqueles que contavam com adicionais, como cozinha, garagem, além de móveis bonitos e confortáveis. Agora a busca é por estruturas que possam entregar facilidades, comodidades, e principalmente bem-estar, ainda que em construções com tipologias de menor metragem. "O conceito atual é o imóvel deixa de ser apenas um local de moradia, mas de convívio. Também de acordo com Eduardo existe um grande filão a ser explorado que é o regime locatício, enquanto mercados como Europa e EUA ultrapassam a casa dos 40%. "Isso, inclusive, é uma tendência (locação), pois em momentos principalmente como esses, a opção por locar e não comprar um imóvel dá a condição de acesso e isso é importante para aqueles que precisam de uma moradia". Para ajudar a alavancar as vendas, Eduardo indica: uma boa conversa com o futuro proprietário ou imobiliária para avaliar as condições negociais. Ser honesto, transparente e, acima de tudo, justo, fará totalmente a diferença nesse momento".