20/11/2019 às 08h58min - Atualizada em 20/11/2019 às 08h58min
ATERRO SANITÁRIO DE ARARAS É ATINGIDO POR INCÊNDIO
A suspeita é de que a ação tenha sido criminosa. Local foi inspecionado em maio de 2018 e posteriormente embargado pela Cetesb, mas continuou recebendo o descarte de materiais
- Da redação
Um incêndio no aterro sanitário movimenta a cidade desde o começa da semana.
A ação de contenção foi coordenada pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, com o reforço de caminhões-pipa das usinas São João e Santa Lúcia. O primeiro foco foi registrado na segunda-feira (18) e levou cerca de quatro horas para ser controlado. Na terça-feira, outros três pontos foram identificados. As equipes continuam trabalhando no local nesta quarta-feira (20).
“Tão logo a Prefeitura tomou conhecimento do ocorrido, não foram medidos esforços para controlar o incêndio. Foram disponibilizados todo o maquinário solicitado pelo Corpo de Bombeiros para auxiliar no combate”, informou a diretora da Secretaria de Serviços Públicos, Bianca Remédio. Um Boletim de Ocorrência foi registrado. De acordo com o secretário da pasta, Orlando Roberto Cabrini (Beto Cabrini), existe a suspeita de que o incêndio tenha sido provocado por uma ação criminosa.
No dia 14 de maio de 2018, durante a interinidade do vereador Pedro Eliseu Sobrinho como prefeito, o aterro sanitário foi inspecionado, sugerido o embargo e posteriormente
multado em R$ 19 mil pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Ainda assim, mesmo com os apontamentos, a pasta de Serviços Públicos, à época gerida pelo atual secretário de Meio Ambiente, Carlos Cerri Júnior, continuou descartando rejeitos no local.
A atual Administração teria tomado conhecimento deste fato somente há algumas semanas, numa visita ao órgão ambiental em Mogi Guaçu, para tratar da viabilidade de utilização do local para o transbordo dos resíduos. O Independente apurou que não existia documentação ou registro disponível sobre a infração e o embargo impostos ao município.
Entretanto, o vereador Jackson de Jesus (PROS), que está acompanhando o caso, publicou um vídeo em suas redes sociais comentando o assunto e fez uma grave denúncia que precisa ser investigada. Segundo o parlamentar, um funcionário da Secretaria de Meio Ambiente teria afirmado a ele que “a situação no aterro estava regular.”
Este e outros apontamentos serão tratados em detalhes pelo O Independente em uma série de reportagens que está sendo produzida, abordando as políticas públicas de resíduos sólidos e de meio ambiente na cidade.