26/04/2019 às 20h28min - Atualizada em 26/04/2019 às 20h28min

MOSCA NA SOPA – 26/04/19

"Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca." (Darcy Ribeiro).

Mosca na Sopa

Mosca na Sopa

Os bastidores da política de Araras, da região e do Brasil:

PREOCUPANTE
Restringir dados que embasam a reforma da Previdência, pagar R$ 40 milhões em emendas para cada deputado favorável a reforma, proibir a veiculação de um anúncio do Banco do Brasil por conta da “diversidade”, incentivar o turismo sexual hétero e descentralizar o investimento em faculdades de filosofia e sociologia. Estas foram algumas brilhantes ações do Governo Bolsonaro nesta semana. Obviamente alguém certamente vai dizer: “Você só fala mal. Divulgue uma coisa boa.” Mas é claro. O destaque positivo fica por conta da preocupação do presidente com a falta de água e sabão para a higiene dos pênis dos homens, cujo índice de amputações é altíssimo. Está lançada a Operação Lave o Pinto, "taoquei"?
 

TINTA
Ligada à Secretaria de Educação e responsável pelo abastecimento das unidades escolares do município, além de funcionar como ponto de distribuição das cestas básicas dos servidores públicos e dos assistidos pela Promoção Social, a Central de Abastecimento estava recebendo “um tapa” no visual nesta semana. O detalhe que chamou a atenção foi o forte cheiro da “tinta”. Se já é insuportável para quem passa rapidamente pelo local, imagine para quem fica do dia inteiro ali. Oportuno perguntar ao secretário da pasta, Bruno Roza, se antes da intervenção, os servidores receberam seus equipamentos de proteção individuais (EPIs) para exercerem o seu trabalho com segurança e tranqüilidade.
 
FALANDO EM SEGURANÇA
Esta semana aconteceu a 2ª SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho). Segundo consta, 420 servidores participaram dos cinco dias de palestras. O fato é que a Administração nunca tratou a questão da segurança no trabalho como deveria fazer. Não antes da intervenção do Ministério Público. Muitos secretários e chefes fazem questão de rezar a cartilha oculta “de se fazer o mínimo necessário” para não criar problemas com o sindicato da categoria e muito mais com o MP. Para se ter uma idéia, algumas repartições só tomaram conhecimento do evento no dia. Um verdadeiro faz de conta que teima em persistir sabe-se lá até quando.
 
DANÇA DAS CADEIRAS
As mudanças no Governo Franco (DEM) podem não se limitar à Justiça, Educação e Chefia de Gabinete. Não é de hoje que corre nos bastidores o burburinho de que outros nomes de primeiro e segundo escalões sejam trocados. A questão é saber até quando e até que ponto vai a disposição do prefeito Rubens Franco Júnior em sustentar a manutenção do grupo formado por Pedrinho Eliseu. As eleições serão no próximo ano, e há quem diga que ele (Franco) tomou gosto pela coisa, e estaria empenhado em formar o seu próprio clã.
 
CÂMARA
Afinal, é possível estabelecer quem de fato é situação e oposição na Câmara de Vereadores de Araras? Esta foi a pergunta feita à coluna na semana passada. Obviamente todos sabem quem são os vereadores da base. Também é sabido que a troca de apoio está diretamente condicionada à quantidade de cargos indicados pelos parlamentares. Todavia, o curioso é que alguns “comissionados” são ou eram notadamente ligados a parlamentares denominados de oposição. Seria exagero presumir então que uma boa parte deles tem seus indicados trabalhando na Administração?
 
MALANDRAGEM
Que a maior parte dos servidores públicos efetivos são dedicados, todos sabemos. Alguns trabalhando em condições absurdamente inaceitáveis. Ainda assim fazem o que podem e às vezes o que não podem com o que tem em mãos para que a população seja atendida. Por outro lado, existem os espertalhões. Gente que nunca exerceu na prática o cargo para o qual foi aprovado. O assunto não é novo. Mas revela o mau-caratismo de alguns, que chegam ao cúmulo de reivindicar o direito que pertence a quem trabalha ética e profissionalmente na sua função, além de não fraudar o serviço público. Como é possível este mau servidor requerer algo que não faz jus, em detrimento de quem de fato merece? É muita safadeza. Uma hora a casa cai. Ô, se cai.
 
PERDA
A morte do médico e ex-vereador Francisco Nucci Neto causou consternação e solidariedade de muitas pessoas, algumas integrantes de grupos políticos distintos da cidade. Independentemente de seus posicionamentos muitas vezes polêmicos – um deles sobre as reivindicações dos servidores públicos municipais e o caso Araprev-, Nucci tinha como característica a defesa da democracia, ponto de convergência com correntes ideológicas progressistas e opostas. Sua partida representa uma perda significativa para a vida pública.
 
EM RISCO 1
Esta coluna recebeu a informação de que o Grupo de Escoteiros do Ar Fabrício Carvalho, que desenvolve suas atividades no Centro de Convivência da Terceira Idade Hilda Masson Bordin Marretto teria sido notificado para deixar o lugar. Trata-se de um projeto social que envolve diretamente dezenas de famílias e crianças, focado no exercício dos princípios da fraternidade, respeito e cidadania.
 
EM RISCO 2
A coluna entrou em contato com a Secretária de Ação e Inclusão Social, Marilda Gentile Fachini para saber a razão da medida. Segundo ela, “foi solicitado que eles fizessem um oficio para o gabinete do prefeito solicitando um espaço adequado para eles, porque onde estavam guardando as coisas foi detectado foco de dengue”, afirmou. Marilda disse ainda que “a situação insalubre já teria sido resolvida”. Extraoficialmente, a informação recebida era de que a saída do grupo estaria relacionada com as atividades do Projeto Revelação, que ocupa as dependências daquele espaço público por conta de uma concessão de uso.
 
EM RISCO 3
Por telefone, o ex-vereador Éder Müller, diretor esportivo do Projeto Revelação, informou à coluna que “não houve nenhum pedido para que o grupo de escoteiros deixasse o lugar, até porque os dias das atividades não são os mesmos”, disse o ex-parlamentar. A iniciativa, segundo ele, “teria partido exclusivamente da própria Secretaria de Ação e Inclusão Social”, declarou.
 
EM RISCO 4
A dúvida que persiste é a seguinte: se o local foi identificado como criadouro e foco de dengue, não seria o caso de todas as atividades terem sido suspensas na ocasião? A coluna solicitou e aguarda uma cópia da notificação da situação insalubre detectada no local.
 

 

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